O pólo aquático é praticado em piscinas que devem ter como medidas entre 20 a 30 m de comprimento, entre dez e 20 m de largura e no mínimo dois m de profundidade. Em cada extremidade da piscina é colocado uma baliza (meta) de três m de largura e 90 cm de altura. As equipes são formadas por sete jogadores de linha (que actuam na partida) e seis suplentes (reservas). Os gorros ou tocas são usados para diferenciar cada equipe. Os guarda-redes devem usar tocas vermelhas. A bola de pólo aquático deve ter entre 400 e 450 gramas de peso. O diâmetro deve ficar entre 68 e 71 centímetros. O objectivo do jogo, tal como no futebol, é marcar golos. A equipa que marcar um número maior de golos vence a partida. A bola não pode ser segurada com as duas mãos ao mesmo tempo (com excepção do guarda-redes), devendo ser conduzida por uma das mãos ou pelos braços. Cada partida é dividida em quatro tempos de sete minutos cada. Quando há empate em partidas eliminatórias, há prorrogação e se continuar empatada, ocorre a disputa por grandes penalidades (cinco para cada lado). É considerada falta se o jogador segurar a bola com as duas mãos ao mesmo tempo, manter a bola sob a água e empurrar o adversário. Cada equipa possui 30 segundos para efectuar uma jogada.
A equipa do Arsenal 72
O Sintra Desportivo foi assistir a um treino da equipa do Arsenal 72, Desporto e Cultura. Em 1972 através da vontade de vários sócios que se juntaram com o objectivo de formar um grupo virado para o desporto e cultura nascia o clube. O nome Arsenal 72 nasceu do ano da sua criação e de um dos sócios ser fã da equipa do Arsenal de Londres. Segundo o treinador André Silva, de 23 anos, praticante desta modalidade desde os dez anos, o objectivo «foi dar à comunidade mais opções de praticarem os seus desportos, visto que já foi um clube que teve imensas modalidades, embora hoje tenha só a natação, o futebol e o pólo aquático». Com sede no Campo de Jogos de S. Carlos, Campo de Laser, a equipa treina quatro vezes por semana no Complexo Desportivo de Ouressa Mem-Martins e o espírito de equipa, a união do grupo e o desporto aquático como complemento de uma vida saudável sobressaem nesta equipa feminina. «Quando a equipa tem competições tem que ir para piscinas externas, devido à obrigatoriedade das medidas da piscina que implica esta modalidade. Daí a necessidade de alugar piscinas de outros clubes». Esta é a principal dificuldade encontrada pelo treinador, «pelos custos que advém de ter que ir jogar ao exterior». Para o atleta em si não é um desporto caro, «tem o seu material, os fatos de banho de competição são os mais caros, mas comparado com outras modalidades é barato».
A nível de competições o Arsenal está pelo primeiro ano a participar no campeonato nacional feminino ou seja o equivalente à 1.ª divisão no futebol e «neste momento estamos em formação. É claro que não temos o rendimento que as equipas que jogam há 15 anos têm, mas o facto de conseguirmos estar a esse nível, uma vez que fisicamente é uma modalidade muito difícil de participar e exigente, já é muito positivo». Na opinião de André Silva «está a ser um ano muito bem conseguido, estamos agora a terminar a primeira volta do campeonato, não a nível de resultados, mas a nível de ter uma equipa formada para daqui a uns anos termos os resultados. Estamos acima de tudo a conseguir superar as expectativas».
Relativamente à notoriedade desta modalidade no nosso país o treinador realça que tem vindo a aumentar o conhecimento e a adesão por parte do público. «É uma modalidade muito completa, muito engraçada mas também muito exigente. Somos acima de tudo um clube bastante unido, funcionamos quase como uma família».
(Veja a reportagem completa na edição 57)